segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quando um amigo se foi...

A Presença da Falta de um AMIGO

Estou saindo de casa, um pouco atrasada como sempre, e não sei se volto... Na verdade a gente nunca sabe se volta e quando volta, não é mesmo? Mas imaginamos, planejamos que sim... Mas e se não for?
Como posso saber até que ponto eu vivi ou apenas sobrevivi? Pergunta que nos fazemos quando assistimos a um filme de comédia romântica cuja temática é o que você faria se tivesse apenas sete dias ou ainda quando em um domingo de manhã você descobre pelo Orkut que seu amigo de infância falecerá dois dias antes... Descobre quando já não dá mais tempo de dizer tchau e o quanto ele era bom.
A questão que cai como um peso na nossa cabeça nessas horas é sempre “será?” – será que estou perdendo tempo? Será que não voltarei hoje para casa? Será que não direi às pessoas o valor que elas têm em minha vida? Será? Será? Será?!
O tempo parece que às vezes nos consome quando na verdade quem deveria consumi-lo éramos nós, deixamos de ver nossos amigos, familiares, colegas, pessoas queridas, lugares bonitos, lugares de paz, nossa saúde e nosso descanso porque não temos tempo, mas a grande questão é como estamos fazendo uso dele...
Acordei domingo pela manhã e abri meus “meios de comunicação” pela internet, porém não possuía um meio de comunicação ao qual eu pudesse sentir, ouvir ou falar (em forma literal, claro) com algum de meus amigos de infância para que eu pudesse saber sobre o que houve com um amigo de muitos anos que já não via há meses...
Questionei-me, após o saber dos fatos, como usamos o tempo achando “amigos” pela internet e perdendo outros na vida, no dia a dia. Não estou criticando qualquer pessoa que seja, afinal de contas mencionei que a primeira coisa que fiz pela manhã foi abrir Orkut e seus derivados, mas penso que precisamos refletir sobre onde aplicamos nosso precioso tempo, que como citei no começo do texto, não sabemos nem “se” e nem “quando” será o momento de não voltarmos para casa ou até mesmo se veremos as pessoas das quais gostamos...
Amigos que quase não vejo, falo de vez em quando e os que não verei mais... Sinto falta de vocês!!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Quando precisei pensar

TEMPÓTEMPÓTEMPÓTEMPÓTEMPÓTEMPÓTEMPÓ

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Quando o Amor foi viajar...

Amote,

Obrigada por tudo

Obrigada por me amar

Obrigada por me deixar te amar

Por estar comigo nas horas alegres

E principalmente por estar nas mais difíceis

Obrigada por estar ao meu lado nas conquistas

Mais ainda por me olhar com orgulho nos fracassos

Obrigada por me fazer sorrir muito e por me fazer chorar

Por me deixar estar com você sorrindo linda e quando chorou

Agradeço simplesmente por estar na minha vida de uma forma ou

De outra. Se não for como éramos antes que seja então como tiver de ser

A M O- T E!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quando senti dor...

Cores & Dores

“...Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores....”

Todas as cores do dia fortes e quentes, porém pesadas...

Penso na dor, no incomodo, na inconformidade e tudo ao redor, no redemoinho do dia e da noite que passam longos e bem devagar, numa lentidão coberta com o som de tic tac daqueles relógios bem antigos e irritantes, que a cada hora soa uma música ensurdecedora...

Olhar as sobras de Goya nos torna parte delas, nos enlouquece e cega com gritos surdos e inúteis de criaturas vis e errantes.

Perceber a fome e a miséria que Portinari coloca nos seus retirantes nos lembra que temos fome e que somos miseráveis, Les miserables de Victor Hugo emergindo dos esgotos condenados pela necessidade...

Encarar de frente Botero nos faz sentir engraçados com os corpos roliços e bochechas rosadas... cores e cores das mais vermelhas, as vermelhas de sangue da guerra e do odio...

Prestar muita atenção nos Parangolés e Tropicálias com suas cores que mostram as dores e a pobreza, cobertas pelas injustiças, pela marginalidade... Beba da fonte, beba de Duchamp com suas criticas e ataques...

Mirar os olhos das Meninas de Rosa e Azul e a emoção que nos traz um choro de uma criança e soberba de outra (mas estão as duas no mesmo espaço), poderiam estar em Güernica ou na rosa de Hiroshima, a rosa hereditária...

Enfrentar que talvez sobrevivemos da caridade de quem nos detesta e que veremos museus de grandes novidades...

Quando me apaixonei...

O terceiro olhar do poeta


”Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.”
Manuel Bandeira




Quem pode dizer com convicção e verdade que quer ficar sozinho? Veja bem o sentido de sozinho, não conta os amigos, nem mesmo aqueles que estão sempre com você nas horas que você precisa ou não, aqueles doidos que resolvem colocar o nome de “suruba” na reunião que fazem, mas que na verdade ficam a noite inteira comendo (comida mesmo) e assistindo filmes pra chorar todo mundo junto e você vive falando que quer amigos normais, por que você cansou de ser expulso dos lugares por ter amigos sem noção, mas que no fundo no fundo você não consegue sair de perto deles, todos sem dúvida marcarão e continuarão na sua vida, porém não é dessa companhia que eu falo.
Não, os familiares também não contam, embora, como diz o Nando “família, família acorda junto todo dia”, muitas vezes chatos, folgados, intrometidos, adoram meter-se na sua vida, afinal de contas, parente a gente não escolhe é o que vem, mas sempre estão lá e são (na maioria das famílias) seu maior apoio e refúgio, no entanto assume um outro papel em nossas vidas, o de dividir legado de sua origem.
O sozinho a que me refiro é quando falta aquele ser que passa a representar dois papéis na sua vida, família (escolhida) e amigo, apesar disso este ser tem defeitos assim como as representações que o mesmo possui, mas está falta de perfeição não incomoda, na verdade é até boa, mas bem que poderia discutir mais a relação, os tons de conversas mais amenos ou até mesmo fazer elogios, apesar de não ter tudo isso você aprende a conviver por que a pessoa já veio pronta e sem o manual, embora se o tivesse fosse facilitar bastante, por que tem um terceiro elemento acrescido à mistura que é amararem-se “o amor é uma companhia e já não se pode mais andar só por entre os caminhos”.