quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quando me apaixonei...

O terceiro olhar do poeta


”Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.”
Manuel Bandeira




Quem pode dizer com convicção e verdade que quer ficar sozinho? Veja bem o sentido de sozinho, não conta os amigos, nem mesmo aqueles que estão sempre com você nas horas que você precisa ou não, aqueles doidos que resolvem colocar o nome de “suruba” na reunião que fazem, mas que na verdade ficam a noite inteira comendo (comida mesmo) e assistindo filmes pra chorar todo mundo junto e você vive falando que quer amigos normais, por que você cansou de ser expulso dos lugares por ter amigos sem noção, mas que no fundo no fundo você não consegue sair de perto deles, todos sem dúvida marcarão e continuarão na sua vida, porém não é dessa companhia que eu falo.
Não, os familiares também não contam, embora, como diz o Nando “família, família acorda junto todo dia”, muitas vezes chatos, folgados, intrometidos, adoram meter-se na sua vida, afinal de contas, parente a gente não escolhe é o que vem, mas sempre estão lá e são (na maioria das famílias) seu maior apoio e refúgio, no entanto assume um outro papel em nossas vidas, o de dividir legado de sua origem.
O sozinho a que me refiro é quando falta aquele ser que passa a representar dois papéis na sua vida, família (escolhida) e amigo, apesar disso este ser tem defeitos assim como as representações que o mesmo possui, mas está falta de perfeição não incomoda, na verdade é até boa, mas bem que poderia discutir mais a relação, os tons de conversas mais amenos ou até mesmo fazer elogios, apesar de não ter tudo isso você aprende a conviver por que a pessoa já veio pronta e sem o manual, embora se o tivesse fosse facilitar bastante, por que tem um terceiro elemento acrescido à mistura que é amararem-se “o amor é uma companhia e já não se pode mais andar só por entre os caminhos”.

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